A B3 anunciou uma importante novidade para o mercado financeiro brasileiro: a possibilidade de listagem de ETFs de Infraestrutura que pagam dividendos. Essa medida é considerada um passo significativo para o desenvolvimento de um mercado que ainda é incipiente no Brasil.
Os ETFs que serão contemplados são aqueles que investem em índices de FI-Infra, embora atualmente esses fundos e índices ainda não existam. A mudança é vista como uma oportunidade para impulsionar o mercado de fundos de infraestrutura, que já vem apresentando crescimento nos últimos anos.
Entretanto, a implementação dos ETFs de FI-Infra enfrenta desafios, especialmente em relação à tributação. Há uma discussão em andamento sobre se esses ETFs serão isentos de Imposto de Renda, como ocorre com as debêntures de infraestrutura, ou se serão tributados como fundos de renda fixa. Essa incerteza pode impactar as decisões de investimento nesse segmento.
Os investidores podem se beneficiar da estrutura dos ETFs, que tendem a seguir de perto o índice, evitando distorções de valor que podem ocorrer em fundos imobiliários. No entanto, a liquidez dos fundos de infraestrutura ainda é considerada limitada em comparação com os fundos de ações, o que pode restringir o crescimento inicial dos ETFs nesse setor.
