
O setor jurídico nos Estados Unidos está passando por um momento de tensão e incerteza devido às ações da administração Trump. Recentemente, o presidente assinou um decreto que retira autorizações de segurança e contratos governamentais de escritórios de advocacia que se opõem a ele, como o Perkins Coie. Essa medida gerou preocupação entre os advogados, que temem represálias e a perda de clientes corporativos que se alinham com a administração atual.
Os sócios de grandes escritórios de advocacia expressam indignação em conversas privadas, mas hesitam em se manifestar publicamente. A situação é ainda mais complicada para grupos de defesa de direitos, que têm dificuldade em recrutar grandes escritórios para apoiar ações judiciais contra o governo. A cautela é evidente, pois muitos advogados temem que suas ações possam prejudicar sua capacidade de representar clientes de forma eficaz.
Além disso, a relutância dos escritórios em se envolver em litígios contra a administração é notável, especialmente em comparação com a primeira administração Trump, quando muitos deles se mostraram mais ativos em defender direitos civis e imigratórios. A atual atmosfera de medo e retaliação está moldando a forma como os advogados se posicionam em relação a questões políticas e jurídicas, refletindo um cenário desafiador para a prática do Direito nos Estados Unidos.