
A proposta de emenda à Constituição que visa reduzir a jornada de trabalho para 36 horas semanais sem corte de salários está em discussão no Congresso Nacional. Essa mudança levanta questões sobre a saúde dos trabalhadores e o impacto econômico que pode ter no Brasil.
Atualmente, a jornada máxima é de 44 horas semanais, e a proposta gera preocupações sobre como isso afetará a produtividade e o Produto Interno Bruto (PIB) do país. Estudos indicam que a redução da jornada pode resultar em uma queda significativa no PIB, com estimativas variando entre 3,8% e 16%.
Economistas alertam que a medida pode aumentar os custos para as empresas, que teriam que contratar mais funcionários para manter a mesma produção, caso a produtividade não se mantenha estável. Além disso, a informalidade no mercado de trabalho pode complicar ainda mais a situação, já que uma parte significativa da população brasileira não está inserida no mercado formal.
A discussão sobre a jornada de trabalho também está ligada à saúde mental dos trabalhadores, que tem sido uma preocupação crescente, especialmente após a pandemia. A proposta de redução da jornada é vista por alguns como uma forma de melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores, mas os impactos econômicos precisam ser cuidadosamente analisados.
A implementação de uma nova jornada de trabalho deve ser feita de forma estratégica, considerando as particularidades de cada setor e buscando um equilíbrio entre a saúde do trabalhador e a saúde da economia.