
A Embraer (EMBR3) divulgou os números de entregas do primeiro trimestre de 2025, totalizando 30 aeronaves, o que representa um aumento de 20% em comparação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, esse número ficou ligeiramente abaixo da expectativa do mercado, que previa 31 entregas. O desempenho da empresa foi influenciado por resultados distintos entre os segmentos de aviação comercial e executiva.
Na aviação comercial, a Embraer entregou sete aeronaves, duas a menos do que o esperado, o que frustrou as expectativas. Em contrapartida, a aviação executiva teve um desempenho superior, com 23 jatos entregues, superando as projeções do mercado.
O Bradesco BBI manteve sua classificação de outperform para os ADRs da Embraer, com um preço-alvo de US$ 60, indicando que as ações devem superar o desempenho médio do mercado a longo prazo. O impacto positivo das entregas de jatos executivos nas receitas foi estimado em cerca de US$ 30 milhões, mesmo com os descontos aplicados.
O Itaú BBA e o JPMorgan também mantiveram suas recomendações de outperform, com preços-alvo de US$ 61 e uma visão otimista para os próximos meses, apesar das oscilações do mercado. O JPMorgan destacou que as ações da Embraer estão sendo negociadas a um múltiplo competitivo em relação a empresas como Airbus e Boeing.
Os analistas projetam um backlog recorde de US$ 26,8 bilhões, impulsionado por novos pedidos. A Embraer reiterou suas projeções para o ano, estimando entre 77 e 85 entregas de aeronaves comerciais e 145 a 155 jatos executivos, com receitas esperadas entre US$ 7 a 7,5 bilhões. Apesar de um início de ano mais tímido, os analistas continuam otimistas quanto à capacidade da Embraer de atingir suas metas.