
O presidente cessante da gestora de ativos britânica Aberdeen, Sir Douglas Flint, fez declarações contundentes sobre o setor de investimentos, afirmando que houve um "erro monumental" ao exagerar a importância das finanças em causas ambientais, sociais e de governança (ESG). Flint argumentou que essa abordagem expôs as empresas a riscos jurídicos, especialmente nos Estados Unidos.
Durante uma conferência na City de Londres, ele criticou a retórica utilizada por muitos gestores de ativos, que, segundo ele, se tornou mais uma estratégia de marketing do que uma reflexão de fundamentos reais. Flint mencionou que a indústria financeira se transformou em um "banquete para advogados", devido ao aumento das ações judiciais contra gestoras de ativos, como a BlackRock, que enfrenta processos por sua postura em relação ao setor de combustíveis fósseis.
Ele também comentou sobre a recente mudança de postura de grandes gestoras, que abandonaram iniciativas relacionadas ao ESG, em resposta ao discurso anti-ESG que ganhou força na política americana. Apesar das críticas, Flint reconheceu que investidores institucionais ainda pressionam por uma maior atenção aos riscos financeiros associados a eventos climáticos extremos, sugerindo que a abordagem deve ser mais focada em impactos financeiros objetivos do que em narrativas de transformação moral.